terça-feira, 27 de maio de 2014

O que é ser mulher e negra na literatura afro brasileira




A hegemonia da mulher negra na literatura afro resulta na integração de um contexto histórico social atribuído às mulheres brancas e negras. Na esfera da marginalização social do século XIX, a mulher negra conseguia sua carta de alforria, porém, continuava escrava de uma sociedade racista, pois vivia em um contexto social criado por homens brancos e para homens brancos, se a mulher branca era escrava de uma sociedade machista, a negra nem esse direito possuía, era simplesmente uma  negra alforriada, ela acabava sendo discriminada por ser mulher e também negra.


Historicamente a mulher negra não luta ao lado da mulher branca pelos seus direitos ao mesmo tempo, enquanto a branca luta pela libertação de uma sociedade machista, a negra vive e luta para se libertar do julgo da escravidão imposta aos negros e para se reerguerem ou sobreviverem sozinhas em uma sociedade injusta.


“O que a mulher negra busca tem ultrapassado as necessidades das mulheres brancas e não acontecem no mesmo plano temporal”. O estereótipo da mulher negra na sociedade e dentro dos textos literários escritos por autores homens, era visto da seguinte maneira: mulher branca feita para casar e ter filhos, a mulher negra para trabalhar nos afazeres domésticos, e a mulata era tido como símbolo sexual, usadas pelos homens casados e solteiros para a fornicação.
Os textos e os autores literários do século XIX visavam acompanhar os modelos europeus, na qual desprestigiava as atuações das diversas etnias, ficando restrito a alguns estereótipos hierarquizadas na divisão de classes.


Entretanto diante dos fatos podemos constatar que a literatura afro feminina passou realmente ser afro a partir do momento que escritoras negras como a Maria Firmino Reis coloca-se na contramão do discurso época, e escreve primeiro romance dela “Úrsula”, onde os personagens negros são sujeitos dentro da narrativa.
“Por sua atuação cultural, intelectual e literária, Maria Firmino colocou-se na contramão do discurso dominante da época, merecendo destaque em sua narrativa abolicionista. 


Por: Erveris Carlos e Sheila Coelho

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