Durante muito
tempo, a literatura foi um território ocupado unicamente pelos homens. E
demorou para que ela abrisse um espaço oficial para que as mulheres também
pudessem se expressar. Igualmente, por muito tempo, a única imagem feminina
retratada nas obras literárias era reflexo da visão de autores (homens) que as
descreviam, na maioria das vezes, como mulheres frágeis e submissas. Foi
nadando contra essa corrente que muitas escritoras lutaram para conquistar o
reconhecimento de suas narrativas. Emily Brontë, de O Morro dos Ventos Uivantes, por exemplo,
se viu obrigada a escrever sobre o pseudônimo masculino de Ellis Bell. Jane
Austen, de Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade, foi mais além e
conseguiu publicar livros em uma época em que a mulher ainda não era
reconhecida intelectualmente.
A imprensa editada por mulheres, que
teve seu auge em meados do século XIX, foi um ajuda decisiva para vencer essa
batalha. Influenciada pelos movimentos feministas da época, o Jornal das Senhoras,
primeira publicação do gênero no Brasil (Rio de Janeiro) ,
abriu um importante espaço para divulgação de temas do universo feminino e
expressão de artistas, escritoras e políticas. Depois disso, elas conquistaram
seu espaço e revelaram seu talento para o mundo.
Por: Erveris Carlos e Sheila Coelho
Fonte: http://www.blog.estantevirtual.com.br/
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